Entendendo / Lidando com a dor

Entender a dor e o porque ela surge definitivamente é uma tarefa complexa, mas talvez seja o melhor caminho para conseguirmos enfim, lidar com ela. Precisamos entender que muitos fatores podem influenciar na dor e que ela não está relacionada apenas a um machucado no corpo, mas também a sentimentos e emoções, pensamentos e comportamentos, memórias e frustrações.

O caminho para iniciar esse processo é querer saber, se manter curioso em relação ao seu corpo e não aceitar meias verdades. Você busca refletir sobre a dor do seu corpo ou para na primeira explicação que ocorre relacionada ao dia cheio no trabalho, a noite de sono ruim ou até mesmo aquela comida aparentemente boa que te fez mal?

Quando digo que a dor no corpo pode ser um problema da mente, quero instigá-lo a avaliar as pessoas com quem se relaciona, os ambientes que frequenta, os discursos aparentemente cheios de sentido que toma como verdade e a vida que levou até chegar aqui. Para isso você precisa perguntar muito “porquês”. Compreender na totalidade requer paciência, tempo e silêncio.

Nós somos compostos de falta e é ela que nos move e nos mantêm seres desejantes até o fim da vida. Nessa perspectiva de falta nos deparamos com o silêncio. Ele é uma importante ferramenta para ouvir toda potência que somos e está dentro de nós. Ouvir nosso real desejo, aquilo que queremos e não abriremos mão de jeito nenhum até conseguir. Nos ajuda a decidir aquilo que é melhor para nós, fazer a escolha certa.

Entendendo esses sentimentos e comportamentos, entramos em um caminho de melhor aceitação e relação com a dor, pois todos os nossos pensamentos e crenças estimulam o cérebro. Refletir se nossos pensamentos nos causam frustrações, se somos negativos com nós mesmos, se não temos compaixão e paciência com o que sentimos, nos ajuda a enxergar e muda a relação da nossa mente com a dor. Mas sem cobranças e julgamentos, isso é um processo de entendimento, e todo processo ocorre de forma lenta e gradual.

Se queremos modificar a forma como nosso cérebro lida com a dor, precisamos também da mudança de hábitos. Prática de atividade física, regulação do sono, boa alimentação, experimentar novas atividades prazeirosas, prática de relaxamento mental, melhorar o relacionamento com outros indivíduos, estão na lista de mudanças de hábitos rotineiros que nos levam para um caminho da melhora.

Texto escrito por Michele Galeno Fisioterapeuta CREFITO 226002-F

Marcelle Rodrigues Psicóloga  CRP 05/46056


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Graduada em Fisioterapia pelo Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação, realizou MBA em Fisioterapia Traumato-Ortopédica e Fisioterapia Esportiva. Ainda possui especialização na área de Dor Orofacial e Disfunção Temporomandibular. Cursa o 1º ano da formação de Osteopatia pelo Instituto Docusse de Osteopatia e Terapia Manual (IDOT). É instrutora de Pilates por amor à terapia através do movimento. Rio de Janeiro - RJ


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