A fisioterapia pode atuar no tratamento do zumbido! Entenda como.

O zumbido é uma percepção do som não relacionada com uma fonte externa de estimulação acústica, sendo percebido nos ouvidos ou na cabeça.

Com o passar dos anos, as queixas em relação ao zumbido aumentaram, acometendo cada vez mais pessoas jovens e se tornando um problema de saúde pública.
A perda auditiva é a principal causa de zumbido e, por isso, todas as pessoas que tem o zumbido, mesmo que de forma intermitente (que vai e volta), devem procurar o médico otorrinolaringologista para a realização dos exames necessários.
Há vários tipos de zumbido e suas causas podem variar, nem sempre sendo otológicas (do próprio ouvido). A DTM é uma das possíveis causas para o zumbido, como já dito aqui no blog (clique aqui para ler mais).

Um tipo de zumbido muito específico chamado zumbido somatossensorial está relacionado com disfunções musculoesqueléticas das regiões da face, cabeça, pescoço e cintura escapular através da via somatossensorial (via neural que responde a mudanças no corpo por meios externos através de receptores, captando informações de tato, propriocepção, dor e temperatura), e pode ser modulado e diagnosticado através de testes somáticos. E é nesse tipo de zumbido que o fisioterapeuta possui um papel importante.

Alguns sinais demonstram um forte indício para o zumbido ser do tipo somatossensorial, e são eles:

  • a modulação do zumbido com movimentos da cabeça, da mandíbula ou dos olhos (zumbido aumenta ou diminui dependendo do movimento);
  • queixas de dor na cervical e/ou na região da mandíbula/ATM;
  • zumbido aumenta durante más posturas ou em dias mais estressantes;
  •  presença de pontos-gatilho miofasciais (podendo modular o zumbido através da digito-pressão);
  • exame de audiometria normal, mesmo com o zumbido presente;
  • bruxismo.

Evidências científicas recentes notaram que com o tratamento da fisioterapia para esses sinais descritos acima, houve uma melhora na percepção do zumbido, ou seja, uma remissão no sintoma. Técnicas de terapia manual, agulhamento seco (dry needling), eletroterapia, acupuntura, entre outras técnicas utilizadas na fisioterapia, se mostraram benéficas, melhorando a qualidade de vida do indivíduo que sofre com o zumbido.

Além disso, fatores psicológicos como ansiedade, depressão e estresse, influenciam no zumbido e na DTM, portanto, terapia com um profissional psicólogo também pode fazer parte do tratamento. A técnica de mindfulness também é indicada para remissão do sintoma.

Por fim, fica o alerta para quem possui o sintoma de zumbido: não acredite em ninguém que te desestimule a procurar um tratamento adequado para o zumbido. Há casos de remissão total desse sintoma e muitos casos em que o zumbido diminui significativamente com o tratamento, trazendo de volta o seu bem estar.
Procure um profissional especializado!

 

 

Referências: Tenreiro, M. Abordagens Fisioterapêuticas nos Distúrbios Cervicocraniomandibulares.
Rio de Janeiro: Tota, 2021.


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Graduada em Fisioterapia pelo Instituto Brasileiro de Medicina e Reabilitação, realizou MBA em Fisioterapia Traumato-Ortopédica e Fisioterapia Esportiva. Ainda possui especialização na área de Dor Orofacial e Disfunção Temporomandibular. Cursa o 1º ano da formação de Osteopatia pelo Instituto Docusse de Osteopatia e Terapia Manual (IDOT). É instrutora de Pilates por amor à terapia através do movimento. Rio de Janeiro - RJ


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